quarta-feira, 22 de janeiro de 2014



O PILATES E A ESTABILIZAÇÃO SEGMENTAR 

       Ana Paula Schú – Cref 019996-G
       Educadora Física & Instrutora de Pilates

           O Colégio Americano de Medicina Esportiva (ACMS) cita o Pilates como uma forma de exercício para fortalecer e tonificar os músculos abdominais profundos, que são um dos principais responsáveis pela estabilização da coluna vertebral. Segundo o ACMS o fortalecimento desse grupo muscular, traz benefício funcional proporcionando um melhor suporte para o movimento global.  Em 2012, o ACMS, reafirmou sua opinião e cita como um dos benefícios do Método Pilates a estabilização da coluna vertebral, além da melhora da consciência corporal, postura, coordenação motora, equilíbrio, flexibilidade e força.
         Nesta perspectiva, podemos entender que o Pilates está inserido no Wellness cuja filosofia o exercício físico é voltado à qualidade de vida e manutenção dos padrões de saúde segundo a Organização Mundial da Saúde.  
         O Pilates é um método de condicionamento físico, mental (cognitivo) e de reabilitação formado por um repertório diversificado de exercícios, realizados no solo e aparelhos específicos.  É uma abordagem do movimento consciente, que possui um cuidado extremo com a execução correta dos movimentos, evitando tensões desnecessárias nas estruturas ativas (músculos e tendões) e passivas (ossos, cápsulas e ligamentos). Desta forma, são exercícios que exigem do praticante grande concentração.
        A estabilização da coluna vertebral, o alinhamento corporal e a coordenação do movimento com a respiração são prioridades no Pilates e estão inseridos nos Princípios do Método que seguem abaixo, segundo a Polestar Education:
1.    Respiração: Organização do tronco com a inspiração e a expiração
2.    Alongamento Axial e Controle do Centro
3.    Eficiência do movimento: Organização da cintura escapular, coluna torácica e cervical (coluna neutra).
4.    Articulação da coluna
5.    Alinhamento e suporte de peso da extremidade inferior e da extremidade superior
6.    Integração do movimento

       A respiração no Pilates é tridimensional (aumento do diâmetro da caixa torácica nos planos frontal (látero-lateral), sagital (ântero-posterior) e transversal (crânio-caudal)). A inspiração é pelo nariz, onde as costelas se abrem e fazem força para cima e para fora. Durante esse processo, a coluna vertebral alonga (ação dos intercostais) e os pulmões se enchem de oxigênio. A expiração é pela boca e deve ser realizada juntamente com a contração abdominal, principalmente do transverso do abdômen (TrA), facilitando a elevação do diafragma e estabilização da coluna lombar. Visto que, conforme Vasconcelos (2009) além do diafragma ser considerado o músculo primário da inspiração, ele também apresenta importante papel no controle postural do tronco, agindo sinergicamente ao músculo transverso abdominal (TrA).
      O alongamento axial, segundo Anderson (2012), consiste na habilidade de ter controle sobre o corpo e colocar os ossos, especificamente as vértebras, em um ótimo alinhamento o que resulta em aumento da ADM (amplitude de movimento), diminuindo a possibilidade de lesões.
      O controle do centro é a capacidade de ativar/contrair, o que é chamado no método, de power house. O power house é composto pelos abdominais superficiais (reto do abdômen e oblíquos externos), abdominais profundos (oblíquos internos e transverso do abdômen), diafragma, paravertebrais (intercostais internos, externos e multífidos) e assoalho pélvico (complexo formado por músculos, fáscias e ligamentos), cuja ativação é essencial para contração do transverso do abdômen.
     O princípio da eficiência do movimento: organização da cintura escapular, torácica e cervical, objetiva a coluna neutra que reporta ao respeito às curvas fisiológicas da coluna cujos parâmetros em ortostase, segundo Henneman et al. (2012) são: ângulo da lordose lombar (L1-S1), ângulo da cifose torácica (T2-T12) e linha de “prumo” (C7-S1).
     Com exceção dos exercícios de mobilidade segmentar, associados ao princípio da articulação da coluna, durante a realização de todos os exercícios do Método Pilates é solicitado a estabilização segmentar. Há exercícios específicos de estabilização, os quais considero também como elementares  para a aprendizagem da respiração e para a  ativação do TrA (transverso do abdômen), bem como, para a evolução do aluno dentro do Método.
    Podemos citar como exercícios, dentre outros do repertório Pilates, que possuem como objetivo principal a estabilização segmentar:
     Femur arcs                             Sidelying
     Arm arcs                                 Bent Knee Fallout
     Dead bug 

REFERÊNCIAS

1.    American College of Sports Medicine. www.acsm.org
2.    Anderson, Brent  http://www.youtube.com/watch?v=rnwjBXf4Ci0 , 2012.
3.    Henneman, Sérgio A. et al. Incidência pélvica: Um parâmetro fundamental para definição do equilíbrio sagital da coluna vertebral. Revista Coluna, 2012; 11(3): 237-9.              
4.    Polestar Education – Manual Polestar Pilates Estúdio e Reabilitação, 2012.
5.    Vasconcelos, Cristiane M. Padrão respiratório e recrutamento dos músculos do tronco no controle postural de indivíduos com e sem dor lombar crônica. Tese Mestrado UFMG, 2009.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Aspectos Relacionados Com a Otimização do Treinamento Aeróbio Para o Alto Rendimento

   
             


 
Em atletas altamente treinados, a precisão na elaboração do treinamento pode ser o meio mais seguro para a melhora do rendimento, pois nesses indivíduos é comum a carga de treinamento oscilar entre o estímulo insuficiente e o aparecimento do excesso de treinamento. Existe, portanto, uma variedade muito grande de fatores que devem ser considerados na elaboração de um programa de treinamento.
 
Simplesmente colocar um atleta para se exercitar em intensidades próximas (na intensidade ou acima) àquela da prova, provavelmente, garantiria estímulos capazes de melhorar o rendimento na intensidade desejada. Portanto, a principal vantagem do treino intervalado seria a capacidade de poder realizar um número muito grande de combinações entre duração e intensidade do esforço vs. duração e intensidade da pausa, a fim de que o atleta possa se exercitar o maior tempo possível na intensidade requerida. Com isso, conseguiria obter maior estímulo para as adaptações necessárias à melhora do  rendimento.  Para a programação, se a frequência for muito baixa, o próximo estímulo será realizado após a fase de supercompensa­ção, na qual já estaria ocorrendo uma queda da capacidade adquirida. Com esse tipo de periodização não seria esperado obter melhoras com o treinamento. Se a frequência for alta, os estímulos serão aplicados na fase de recuperação (antes do período de supercompensação), o que pode causar lesões, queda no condicionamento ou excesso de treinamento (overtraining).  Em atletas é muito comum ocorrer há soma de estímulos. Através de sessões de treinos consecutivos o estímulo pode ser maior e após um adequado período de recupera­ção poderá haver maior supercompensação. Esse método tem sido usado, por exemplo, para induzir atletas a aumentar os estoques de glicogênio e a utilização de gorduras como substrato, através da sucessão de sessões de treinos intensos que conseguem diminuir os níveis de glicogênio a valores críticos. No entanto, esse tipo de treinamento que provavelmente induza maiores adaptações deve ser realizado com muita cautela, para que não ocorram exageros nas intensidades e no número de treinos somados.
Durante uma “janela aberta” de disfunção imune, que pode durar de três a 72 horas, depen­dendo do tipo de treinamento, vírus e bactérias podem ganhar espaço, aumentando o risco de possíveis infecções. Desta forma  os dias em que o atleta apresenta dor muscular, a me­lhor maneira de acelerar a recuperação parece ser o exercício muito leve ou repouso.
A importância de um período de polimento seguindo uma fase de volume e intensidade de treinamento aumentado parece ser essencial. Quando a carga de treinamento é reduzida, a velocidade é perdida mais rapidamen­te que a resistência; assim, durante o polimento, reduzir o volume e man­ter ou aumentar a intensidade permitem recuperação completa e prepa­ram o atleta para atingir o melhor desempenho durante a competição. O entendimento dos mecanismos de fadiga e das respostas fisio­lógicas associadas às diferentes durações e intensidades de exercício é essencial para uma correta elaboração das sessões de treinamento, mesmo quando esse treinamento é prescrito utilizando os diferentes índices de aptidão funcional.
Rev Bras Med Esporte – Vol. 16, No 1 – Jan/Fev, 2010


Mariana Fernandes Mendes de Oliveira1
Fabrizio Caputo1
Camila Coelho Greco2
Benedito Sérgio Denadai2

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

       O Studio Viva Mais inovar e ira agregar conhecimento e informação para  nossos alunos e colaboradores com novas postagens no blog. Com dicas de treinamento e textos ligados a área da saúde. Também neste ano vamos promover passeios e eventos no qual, tem como êxito a maior integração entre a comunidade viva mais.